mulheres no transporte de carga

Mulheres no transporte de cargas, vez e voz a todas

Hoje, em razão da alta competitividade do mercado as empresas estão buscando profissionais cada vez mais capacitados e com diferenciais que agreguem no dia a dia. Esse novo cenário de oportunidades está possibilitando a entrada de mais mulheres no transporte de cargas, profissionais com alta capacidade e habilidade para superar os desafios do setor.

Mas, é fato que aqui no Brasil ainda estamos longe de uma realidade ideal. Infelizmente, mesmo tendo acesso a informações e estudos, ainda há gestores que deixam a questão do gênero sexual falar mais alto que a capacidade profissional no momento da contratação. Mas a tendência é de mudança.

Para explicar melhor o panorama nacional de mulheres no transporte de cargas, preparamos este artigo trazendo dados e informações importantes sobre o assunto. Continue lendo e confira.

Boa leitura!

Qual o panorama nacional de mulheres no transporte de cargas?

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o setor de transporte nacional conta com quase 2,3 milhões de trabalhadores. Desse total, apenas 17% são do sexo feminino. Um dado que, por si só, evidência a discrepância da participação de homens e mulheres no transporte.

Outro estudo que chama a atenção é do IPTC (Instituto Paulista do Transporte de Cargas), feito apenas com mulheres que trabalham no segmento de transporte de cargas. Segundo a pesquisa, aproximadamente 70% dessas profissionais atuam apenas com homens em suas respectivas empresas.

Mas, ao mesmo tempo em que essas pesquisas mostram uma diferença ainda grande na participação de homens e mulheres no transporte, também apontam um caminho de oportunidades.

Embora desnivelada, essa realidade mostra que muitas mulheres conseguiram entrar e se afirmar no setor, e que ainda há espaço para muitas outras. E como hoje a aceitação do mercado é muito maior, mesmo com alguns ainda insistindo no contrário, a tendência é de crescimento na participação para os próximos anos.

Outro ponto favor para a contratação de profissionais do sexo feminino vem do estudo feito pela McKinsey & Co9. No seu relatório intitulado “Mulheres Importam: um motor de desempenho corporativo”, a instituição de consultoria concluiu que empresas que contam com mais de três mulheres em funções importantes tendem a pontuar bem em fatores como:

  • cultura e clima;
  • aprendizagem;
  • capacitação;
  • orientação;
  • inovação.

O que está sendo feito para aumentar a participação de mulheres no transporte?

Mesmo com uma situação a ser trabalhada, é possível dizer que agora é a vez das mulheres no transporte de cargas. E para acelerar esse processo, muitas empresas já trabalham com projetos próprios a fim de atrair ou qualificar mulheres para atuarem no volante de caminhões e outros veículos de transportes.

Trata-se de um movimento mais comum em instituições que já apresentam gestões mais inovadoras desde a origem, mas que aos poucos vem sendo tomado por marcas, digamos, mais conservadoras.

Mas não só as empresas estão fazendo a sua parte para aumentar a participação de mulheres no transporte. Também há projetos sendo desenvolvidos por sindicatos e órgãos para trazer mais igualdade para o setor. Acompanhe.

Projeto Vez e Voz

Criado pelo SETCESP (Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região), o projeto Vez e Voz tem o intuito de dar mais espaço para que as mulheres do setor de transporte possam compartilhar suas experiências.

A ideia é formar uma grande rede de apoio, possibilitando que as profissionais da área se incentivem e atraiam outras mulheres para iniciar carreira dentro do segmento.

Habilitação Profissional para o Transporte

Já o projeto “Habilitação Profissional para o Transporte” é desenvolvido pelo Sest/Senat e tem o objetivo de profissionalizar mulheres para o transporte de cargas e de passageiros.

A iniciativa funciona como um curso para motorista, pegando profissionais que já contam com a habilitação B e realizando a migração para as categorias C, D, E. Segundo o próprio Sest, desde 2018, a procura de mulheres para a mudança de categoria na CNH cresceu mais de 60%.

Enfim, o fato é que o setor logístico em geral pede cada vez mais por mão de obra qualificada. Com a mudança de pensamento das empresas e incentivos por parte de órgãos públicos, a tendência é que tenhamos o número muito maior de mulheres no transporte nos próximos anos. Afinal, a competência está no conhecimento e na habilidade do profissional, não é mesmo?

Nós da RDR, acreditamos que as mulheres possuem papel fundamental em nossas operações logísticas e por conta disso estamos sempre em busca de novas integrantes para esse time.

Gostou do artigo? Continue no nosso blog e entenda como começar o ano com um planejamento eficiente!